quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

filosofia de rua

  • Eu não seria amiga de um "preto";
  • Quem é homossexual tem um parafuso a menos e nenhuma estrutura familiar;
  • Eu tenho medo quando lésbicas me abraçam;
  • Eu não chamaria um casal gay para minha casa se tivesse um filho;
  • Eu tenho vergonha de andar com gente feia.

Todas essas afirmações foram feitas em uma única noite por uma pessoa próxima de mim. Tanto quanto chocantes, essas afirmações também me fizeram pensar muito nas pessoas que me cercam. Mas se eu cortasse da minha vida as pessoas que considero de pensamentos diferentes, penso que acabaria sozinha no mundo. Aliás, o mundo é um lugar sem sentido. As concepções que as pessoas têm também não têm sentido. Por que ser diferente é ser inferior em tantos casos? Nada faz sentido.
Eu poderia enumerar muitos argumentos que contestam essas frases, mas é tudo tão fodido que, sinceramente, eu não acredito que isso fosse fazer diferença. Também não sei se eu é que sou absurdamente estranha em achar um absurdo essas ideias. O fato é que, por mim, cada um andaria e seria como quisesse...uma coisa meio que de ANARQUISMO. Quer ser gay? Seja. Quer andar pelado? Ande. Quer dar a bunda? Dê. Não interferindo na minha sobrevivência, tá bom.
Sabe que o engraçado disso tudo, é que a pessoa de cujas afirmações acima são, já foi alvo de preconceito. E talvez ela nem saiba disso. "So while you point your finger, someone else is judging you", já dizia Bob Marley.
Enfim, vamos continuar assistindo novelas da rede Globo e fingindo que preconceito é história antiga.
E pra mim chega de filosofia por hoje. Os inteligentes que pensem nisso e deem solução.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

vovó capeta

-Eu só pego o jornal pra ler a seção de obituários. Ah, não, eu também gosto da piadinha do dia.

Cleonice, velha e professora aposentada

domingo, 8 de fevereiro de 2009

we are the champions, my friend

Tu dá luz?
Porque lâmpaDA.

Tu sabe como é bigode em inglês?
BE GOD.


E foi assim que eu fui a grande vencedora do 1º Concurso Nacional de Trocadilhos e Artesanato (?) do Brasil... no meu sonho da noite passada.

sábado, 10 de janeiro de 2009

caros amigos da rede globo...

Pois sim, faz um bom tempo que eu não escrevo aqui (se bem que ninguém lê essa pica mesmo), o que significa que eu acabo de falhar na minha primeira meta de 2009: Realizar regularmente todas as atividades a que me propor (sim, o blog era pra ser uma delas). Mas tudo bem, minha perseverança sempre foi tão grande quanto uma bundinha de formiga.
Eu poderia desejar feliz natal atrasado a todos os queridos amigos, mas eu não acredito em Jesus (exceto por aquele Jesus mendigo da Nilo, nele eu creio) . Eu poderia desejar um feliz ano novo atrasado a todos os queridos amigos, mas eu não tô afim. Como toda pessoa estranha do mundo, eu não gosto dessas datas. Não, minto. Gosto sim de estar com a minha família, e do fato de que o maior esforço que eu preciso fazer é levar minha mão até a bunda e coçá-la. Também confesso que gosto de ganhar presentes e ver fogos de artifício magicamente coloridos, mas não sei se isso compensa os malefícios dessas ocasiões, tais como:
Crianças possuídas (priminhos no meu caso) correndo e berrando porque são egoístas e não dividem brinquedos - isso sem contar quando eles resolvem testar os bonequinhos na cabeça dos mais velhos indefesos como eu - , shoppings/lojas/comércios em geral lotados, gente louca e/ou feia (não que eu me ache bonita, mas putamerda, tem gente que pediu pra ser feio e entrou na fila 4 vezes) e/ou porca invadindo o litoral em massa -onde pelo menos uma das datas eu passo invariavelmente todo ano-, viagens de carro que levam geralmente uma hora e meia , mas que nessa época levam - com sorte - 5 horas e, diga-se de passagem, no meu caso, o sofrimento ainda é maior, uma vez que DEUS me presenteou com uma bexiga de uma velha doente, e eu sinto que preciso mijar de 3 em 3 minutos quando estou dentro de um carro, entre outros infinitos fatos tristes que eu poderia passar uma tarde enumerando. Mas enfim, não adianta eu não gostar, afinal isso nunca vai mudar.
Aposto que se ALGUM DIA alguém ler isso vai pensar que eu estou AMUADA. TÁ CERTO, talvez seja verdade, mas os grandes culpados por isso são os antepassados carnívoros que precisavam de dentes como os SISOS que me foram passados hereditariamente. Sim, eu tive que retirá-los, pois os filhosdumaputa ao invés de nascerem RETOS, acharam engraçado nascer de lado, forçando-me a extrai-los e sentir dor, consequentemente gerando mau humor. Fim.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

pessoas queimam tanto a cara alheia quanto fogões

Até alguns dias atrás, sempre que eu ia derreter uma barra de chocolate em banho-maria (pros playboys criados a OVOMALTINO e LEITE COM PÊRA que não sabem nem do que é feita uma colher-de-pau: banho-maria consiste numa técnica milenar onde tu bota aguinha numa frigideira e uma panela em cima com o que tu deseja derreter/cozinhar dentro pra que não haja o risco de queimar), tinha que ficar um considerável tempo esperando a boca acender, a panela aquecer, o chocolate começar a querer derreter e o processo pra fazer a cobertura de chocolate para bolos acontecer (juro que essa rima gigante não foi de propósito). Tudo isso por causa do fogão broxa que estava entupido, mas tudo bem, eu já estava acostumada, o processo já era todo planejado e conhecido por mim.
Um dia, Eliana - minha mãe e dona do fogão - chamou o técnico de fogões, que o desentupiu habilidosamente em pouco tempo. A chama agora é tão intensa que hoje, ao tentar fazer o processo da cobertura, não só o chocolate derreteu no que me pareceram alguns segundos, como também a alça, - sim, a ALÇA - da leiteira PEGOU FOGO junto com o pano que estava na minha mão. Se eu estivesse mais próxima, minha cara provavelmente teria incendiado junto. O que me lembra quando eu mudei de colégio e, conseqüentemente, tive que fazer todas as minhas amizades de novo. Ainda que não estivesse totalmente satisfeita, já estava acostumada com a escola velha, com as amizades velhas. O "processo" era todo planejado e conhecido por mim. De repente tudo mudou, e os novos colegas não eram bonzinhos inicialmente, eles eram fechados e gostavam de QUEIMAR A CARA (óbvio que não literalmente) de todos os novatos, igualzinho ao fogão. Conforme o tempo foi passando, eu me acostumei. Agora gosto das pessoas, e creio que elas de mim. Espero que seja igual com o fogão.

Mas que seja, toda essa história era só pra falar que eu sou ruim em metáforas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

vermes pelo c*

É engraçado como tem coisas sem sentido que ficam ocupando espaço útil na mente das pessoas pra sempre. Desde coisas como algum fato que tenha acontecido, tipo uma conversa não importante entre duas pessoas, até uma simples imagem ou cena que fica gravada na tua cabeça sem nenhum motivo em especial. Coisas aleatórias mesmo, ou coisas idiotas que não fariam a mínima diferença se tu não lembrasse.
Uma das minhas memórias idiotas é essa: estava eu conversando com uma amiguinha na quarta ou quinta série (que já não é mais minha amiga, mas não vou citar nomes pra não comprometer a reputação dela...tá, na verdade é mais pra não ser processada caso algum dia ela venha a ler isso, então vou chamá-la de "Sra. X") e o tema era "SENSAÇÕES LEGAIS". Eu lembro de ter falado que gostava da sensação de afundar a mão em sacos de grãos como arroz ou feijão, entre outras coisas possivelmente consideradas normais. Foi quando a Sra. X confessou:
-Sabe uma sensação que eu gosto muito? Mas tipo muito, MUITO mesmo.
-Não, -respondi- qual é?
-A de PUXAR CABELINHOS QUE ENTRAM DENTRO DA BUNDA! Dá um arrepio muito bom. Vai dizer que tu também não curte?!
-...Hã?...não...

Eu nem lembro de muitas coisas da minha amizade com essa guria, só coisas desse tipo...assim como quando a empregada dela me perguntou se eu usava PAPEL HIGIÊNICO INTEGRAL (?) porque eu falei que gostava de coisas integrais...e isso não fez nenhum sentido.
Mas voltando ao assunto, essa memória inútil é extremamente nítida pra mim. Não, eu não gosto de puxar coisas que entram na minha bunda. Não é uma sensação agradável. Até porque isso me lembra de um dos novos medos que eu adicionei à lista que eu tenho: entrada de vermes pelo cu (tá bem, me desculpe...leia-se "orifício anal") em açudes contaminados. Eu realmente tenho medo disso. Será que a Sra. X ia gostar de puxar eles pra fora do bumbum também? Será que mulheres que usam calcinha fio-dental apreciam a mesma sensação que ela? Muitas indagações me intrigam, muitas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

mudança de planos

Nada contra, mas eu sempre pensei que a vida de velhos deve ser muito chata. Os "velhos" a que me refiro sendo pessoas acima de 50 anos. (Desculpa, mãe! ...se bem que provavelmente tu nunca vai ler isso, então esquece a desculpa). Pensa bem: quais são as ambições de pessoas velhas e que não tem dinheiro pra comprar diversão? (dinheiro compra diversão sim, quem disser que não é porque não tem e quer se consolar de alguma maneira). Tudo vai piorando: a pessoa fica mais feia ( e não vem com essa de que sabedoria e experiência de vida compensa, NÃO SENHOR, todo mundo sabe que ser inteligente não leva a nada...hehe, tá, brincadeira), tudo CAI -se é que tu me entende-, teus filhos não vêm mais te visitar no asilo, teus amigos começam a morrer...por isso meu plano é morrer antes dos 50 de causas naturais. Ou pelo menos era, até eu ver que ser velho pode ser legal pra algumas pessoas, tipo essa sueca de 93 anos: http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI3326247-EI1141,00-Idosa+sueca+tornase+rapper+de+sucesso+aos+anos.html

E também tem a minha mãe, que com 51 anos está se formando na faculdade de direito...então aproveito pra deixar aqui meus parabéns a ela, que é uma pessoa LEGAL e até me faz pensar em viver além de meio século. Mas por aí tá bom, a velha rapper só é legal porque não é minha mãe. Se fosse, eu teria vergonha. Assim como eu já tenho quando a minha canta o hino do flamengo em público na praia (mesmo sendo corinthiana) e fala "ingleISH" quando bebe um pouco além da conta. É, eu sei que estragou toda a imagem de pessoa LEGAL dela que eu tinha passado antes, mas pra mim ela sempre o será. A não ser que comece a cantar rap.