quinta-feira, 26 de novembro de 2009

só dêem logo meu diploma e me deixem virar mendiga em paz.

Depois de 13fuckinganos tendo basicamente a mesma rotina (dormir, acordar, ir pro colégio, voltar, dormir), venho comunicar-vos, por meio deste, que estou (quase) oficialmente formada.
Não sei bem o que pensar sobre isso. Não sei bem o que fazer sobre isso. Não sei bem como me sinto sobre isso...e não sei bem o que vai acontecer sobre isso. Só dêem logo meu diploma e me deixem virar mendiga em paz. Se vocês esperavam alguma reflexão nostálgica e profunda sobre a conclusão de mais uma importante etapa da vida, com frases de efeito e epifanias filosóficas, peçam aos oradores da minha turma (que, aliás, se alguém souber quem são, faça a gentileza de me comunicar). Só dêem logo meu diploma e me deixem virar mendiga em paz.
Eu não quero nada. Não vou ser jovem e aderir a degradações coletivas, botar fogo no colégio, depredar o carro da diretora, jogar bexiguinha de mijo nos novatos. Eu ainda preciso estudar igual e passar no vestibular antes de pensar nesse tipo de coisa. Retomarei esse assunto a partir de fevereiro, quando saem as aprovações -ou não- da UFRGS. Enquanto isso só dêem logo meu diploma e me deixem virar mendiga em paz.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

eu sabia que férias prolongadas não podiam vir impunes

Aula até nos domingos, das 8:30 até ás 17:00?

FAÇAM FONFON DE UMA VEZ NO MEU NARIZ E ME CHAMEM DE BOZO ENTÃO, MERDA.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Shamuel era um bom gato

Amarelo bigodudo de olhar arrogante com patinhas rosadas. Ainda lembro como se fosse ontem a primeira vez que o vi (tá, na verdade não vi direito, porque ele era arisco e fugia): eu tinha sete anos e ele tinha um cabeção.
Há anos atrás ele caiu do quarto andar e sobreviveu, e desde então não sei bem onde gastou as outras seis vidas, mas o fato é que ontem ele se foi mesmo. Utáqueopariu.
Quando eu era criança e queria brincar de Rei Leão, só um ser tinha o papel garantido de Simba. Quando eu queria esquentar meus pés enquanto assistia à televisão, só um ser tinha as proporções exatas para cobri-los de maneira eficaz. Quando acordava no mau-humor regular matutino, só um ser não se importava em roçar carinhosamente nas minhas pernas (que eu vou negar que ele só fazia pra ganhar comida...mas ERA) apesar de ser xingado. Morreu virgem e aos onze anos de idade. Um santo, praticamente. Confesso que fará bastante falta.
É, Shamuel era um bom gato.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

antes e depois

Encontrei perdido por aqui um relato do que se passou em uma noite da minha vida nessa mesma época há um ano atrás, quando eu tava fazendo uma tentativa xexelenta de manter um "diário" onde eu acabei escrevendo uma vez a cada três meses (quiçá como esse blog). Talvez eu esteja botando ele aqui por não ter NENHUMA IDEIA de coisa interessante pra falar, talvez não...enfim, nunca saberemos.
Então aqui vai. ABRE ASPAS:

"Ontem, pela primeira vez na vida, fui na famosa NEO, uma boate que tem fama por ser GLS (não, eu não sou lésbica, nem bissexual...nada contra, nada a favor). É sabido que o lugar tem bastante gente ALTERNATIVA (seria "alternativa" a nova gíria pra dizer GAY sem provocar polêmica?), mas o outro grande motivo de fama é o tipo de música que tocam. Nada de funk, pagode e essas coisas. Apenas ROCK e música eletrônica. E esse foi o real motivo do meu interesse em conhecer o lugar, já que em Porto Alegre uma boa parcela das pessoas gosta de ir em festas com shows de bandas como "SAPECAS DO SAMBA" e coisas do gênero. Era pra ter começado ás 23 horas a festa (OLD SCHOOL, era o nome - tocaria só música eletrônica e ROCKS ANTIGOS!...mas eu não ouvi nenhum rock, em nenhum momento) e como as amigas que estavam comigo -Carol e Vane - já tinham ido antes, recomendaram que a gente chegasse meio cedo pra conseguir entrar cedo, evitando a fila enorme que teoricamente teria. "Sensacional", pensei "a gente chega e já entra logo, se eu achar palha, vou embora." Ás 22:40 chegamos lá na frente. Tava fechado, sem ninguém na frente. Eu teria ficado desapontada se não fosse por uma vontade safadona que eu tava de dormir pra sempre. Voltamos pra casa da Carol, elas ligaram pra lá e nos foi dito que a festa aconteceria mesmo, mas só à meia noite. Voltamos ás 23:40 mais ou menos, tava vazio, exceto por um grupo de gente anormalmente alegre na nossa frente, que mais tarde ficaria nos puxando lá dentro, insistindo pra dançar música eletrônica de forma louca junto com eles. Vai entender. (ah, não tem nada a ver, mas encontrei a Jundira Sampaio passando ali na frente...ela continua bonita e estranha). Por fim, entramos lá pela meia noite e pouco. Tava MUITO vazio. E o lugar é MUITO pequeno, tão pequeno que se um cara peidasse ali dentro todo mundo inalaria obrigatoriamente. Fui embora 1:30 da manhã. E não pretendo voltar. Essa foi minha primeira noite festiva de férias de inverno....e provavelmente última. Nota mental: Em futuro caso de dúvida entre sair e dormir, deitar e apagar a luz."

E fecha aspas.
Avaliação final de mim há um ano atrás: ESPIRITUALMENTE VELHA
Avaliação final de mim nos dias atuais: ESPIRITUALMENTE VELHA

Não, eu não me importo com isso. E sim, Jundira Sampaio é um nome fictício.


sábado, 1 de agosto de 2009

and then suddenly BAM!

Descobri que só gosto de imprevisibilidades quando elas implicam em algo bom. Pessoas imprevisíveis demais não são algo bom. Situações inusitadas demais também não. Aquele tipo de surpresinha (vulga TRAGÉDIA) que tu descobre de repente e que não traz nada bom é quase como uma facadinha em lugares vitais, então vocês, apreciadores de toda inusitabilidade da vida, podem beijar meu traseiro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

ideia milionária

Todos sabemos a verdade sobre Michael Jackson. É claro que ele não morreu. Ele já havia assumido outras formas ao longo dos anos. Negro, branco, com nariz, sem nariz...Michael era um homem de muitas faces, literalmente. Obviamente em sua fase atual assumiu uma coloração verde e está feliz como salamandra em algum lugar. O que isso tem a ver com o título? ORA BOLAS, é claro que eu vou fazer o que todos fazem quando alguém influente na mídia morre (o que, como já sabemos, não é o caso de Michael): Ganhar dinheiro vendendo camisetas. Ela terá uma imagem estilizada de bom gosto da face do rei do pop saindo do corpo de uma borboleta. O dizer será: "Michael is not dead...". Atrás, estará escrito " suffered metamorphosis". Caso a gráfica cobre muito caro por cada letra, a solução será a imagem com o dizer MICHAELMORPHOSIS. Simples assim. Tô rica. Adeus, otários.

terça-feira, 19 de maio de 2009

quedê o chinelo?

Ás vezes eu penso o quanto é errado que músicos e atores ganhem tanto dinheiro por uma profissão relativamente supérflua. Sim, poderíamos agora entrar numa discussão interminável sobre as artes e o fato de elas realmente serem ou não uma coisa supérflua, então já explicarei de antemão meu ponto de vista: por supérfluo entende-se que algo NÃO seja terminantemente indispensável à sobrevivência, certo? (aí sempre tem um pra largar aquela "MAS SEM MÚSICA EU MORRERIA") Calma, eu também concordo que a vida seria uma merda, mas tu CONSEGUIRIA viver, entende? É claro que, como a maioria da humanidade, também sou grande apreciadora de músicas e filmes, mas não consigo compreender como isso pode ser uma atividade tão lucrativa a ponto da pessoa ter dinheiro pra usar de papel higiênico, se quiser. Se o indivíduo em questão realmente é detentor de algum talento divino, eu até me conformo, mas depois de constatar que isso aqui ganha mais dinheiro do que eu (que não ganho nenhum), que já foi chamada de GAROTA PRODÍGIA, que deu entrevista pro Faustão e até pra ROLLING STONE fazendo isso:
http://www.youtube.com/watch?v=d9V_4y81Ycg
confesso que quase deixei escapar uma LAGRIMINHA. Pega esse teu tecladinho assoprável e...bom, aprende a tocar primeiro, depois enfia lá mesmo. (e não é lá, a nota musical, é lá de lugar mesmo, hein? -hahaha que trocadilho sensacional, parabéns!)
Por outro lado, obrigada por me iluminar, Mallu Magalhães. Se isso faz sucesso, até eu posso ser famosa e ficar rica. Nem que seja tocando triângulo com acompanhamento de bongô inspirada em Beatles com raízes no carimbó. ME AGUARDEM.

terça-feira, 21 de abril de 2009

vício

Não só na forma de drogas, de bebida, de jogo. Existe o vício em sentimento, em alguém, em atitudes. Ás vezes existem combinados, ás vezes um faz nascer outro, e vice-versa.
Uma das coisas mais difíceis é dizer "não" em certos momentos. Como algo que faça tão bem agora pode se tornar algo tão nocivo a longo prazo? Por alguns segundos a sensação de que nada mais existe, de que nada nunca vai se equiparar...depois a realidade. Aquela mesma de todos os outros dias que não aquele. Vale a pena?

Muita gente vê a saída em remédios. Pra mim, remédio é vício. Pra mim, remédio é ilusão.
Muita gente vê a saída em Deus. Pra mim, Deus é vício. Pra mim, Deus é ilusão.



E emo é tua bunda (sempre tem que ter o comentário "QUEBRA-CLIMA" final).

quinta-feira, 19 de março de 2009

se joga, pintosa: põe rosa.

O Clodovil virou purpurina. Confesso que nunca tinha gostado da moça até então, adquirindo uma pitada extra de antipatia quando ele se candidatou ridiculamente a vereador ou sei lá eu que cargo político, mas fiquei admirada em saber que todos os seus bens foram deixados para instituições de caridade que ajudam órfãos. Muito bom, Clô! Só não é mais legal do que quando um dos donos do unificado morreu e eu não tive aula BEM NUM DIA DE PROVA. Isso SIM que eu chamo de boa ação. Danem-se os órfãos.

Comentário aleatório: PAPÔNIA e ESTRUMBÊNIA poderiam ser nomes de países de verdade, já que até KOSOVO é um país real hoje em dia.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

filosofia de rua

  • Eu não seria amiga de um "preto";
  • Quem é homossexual tem um parafuso a menos e nenhuma estrutura familiar;
  • Eu tenho medo quando lésbicas me abraçam;
  • Eu não chamaria um casal gay para minha casa se tivesse um filho;
  • Eu tenho vergonha de andar com gente feia.

Todas essas afirmações foram feitas em uma única noite por uma pessoa próxima de mim. Tanto quanto chocantes, essas afirmações também me fizeram pensar muito nas pessoas que me cercam. Mas se eu cortasse da minha vida as pessoas que considero de pensamentos diferentes, penso que acabaria sozinha no mundo. Aliás, o mundo é um lugar sem sentido. As concepções que as pessoas têm também não têm sentido. Por que ser diferente é ser inferior em tantos casos? Nada faz sentido.
Eu poderia enumerar muitos argumentos que contestam essas frases, mas é tudo tão fodido que, sinceramente, eu não acredito que isso fosse fazer diferença. Também não sei se eu é que sou absurdamente estranha em achar um absurdo essas ideias. O fato é que, por mim, cada um andaria e seria como quisesse...uma coisa meio que de ANARQUISMO. Quer ser gay? Seja. Quer andar pelado? Ande. Quer dar a bunda? Dê. Não interferindo na minha sobrevivência, tá bom.
Sabe que o engraçado disso tudo, é que a pessoa de cujas afirmações acima são, já foi alvo de preconceito. E talvez ela nem saiba disso. "So while you point your finger, someone else is judging you", já dizia Bob Marley.
Enfim, vamos continuar assistindo novelas da rede Globo e fingindo que preconceito é história antiga.
E pra mim chega de filosofia por hoje. Os inteligentes que pensem nisso e deem solução.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

vovó capeta

-Eu só pego o jornal pra ler a seção de obituários. Ah, não, eu também gosto da piadinha do dia.

Cleonice, velha e professora aposentada

domingo, 8 de fevereiro de 2009

we are the champions, my friend

Tu dá luz?
Porque lâmpaDA.

Tu sabe como é bigode em inglês?
BE GOD.


E foi assim que eu fui a grande vencedora do 1º Concurso Nacional de Trocadilhos e Artesanato (?) do Brasil... no meu sonho da noite passada.

sábado, 10 de janeiro de 2009

caros amigos da rede globo...

Pois sim, faz um bom tempo que eu não escrevo aqui (se bem que ninguém lê essa pica mesmo), o que significa que eu acabo de falhar na minha primeira meta de 2009: Realizar regularmente todas as atividades a que me propor (sim, o blog era pra ser uma delas). Mas tudo bem, minha perseverança sempre foi tão grande quanto uma bundinha de formiga.
Eu poderia desejar feliz natal atrasado a todos os queridos amigos, mas eu não acredito em Jesus (exceto por aquele Jesus mendigo da Nilo, nele eu creio) . Eu poderia desejar um feliz ano novo atrasado a todos os queridos amigos, mas eu não tô afim. Como toda pessoa estranha do mundo, eu não gosto dessas datas. Não, minto. Gosto sim de estar com a minha família, e do fato de que o maior esforço que eu preciso fazer é levar minha mão até a bunda e coçá-la. Também confesso que gosto de ganhar presentes e ver fogos de artifício magicamente coloridos, mas não sei se isso compensa os malefícios dessas ocasiões, tais como:
Crianças possuídas (priminhos no meu caso) correndo e berrando porque são egoístas e não dividem brinquedos - isso sem contar quando eles resolvem testar os bonequinhos na cabeça dos mais velhos indefesos como eu - , shoppings/lojas/comércios em geral lotados, gente louca e/ou feia (não que eu me ache bonita, mas putamerda, tem gente que pediu pra ser feio e entrou na fila 4 vezes) e/ou porca invadindo o litoral em massa -onde pelo menos uma das datas eu passo invariavelmente todo ano-, viagens de carro que levam geralmente uma hora e meia , mas que nessa época levam - com sorte - 5 horas e, diga-se de passagem, no meu caso, o sofrimento ainda é maior, uma vez que DEUS me presenteou com uma bexiga de uma velha doente, e eu sinto que preciso mijar de 3 em 3 minutos quando estou dentro de um carro, entre outros infinitos fatos tristes que eu poderia passar uma tarde enumerando. Mas enfim, não adianta eu não gostar, afinal isso nunca vai mudar.
Aposto que se ALGUM DIA alguém ler isso vai pensar que eu estou AMUADA. TÁ CERTO, talvez seja verdade, mas os grandes culpados por isso são os antepassados carnívoros que precisavam de dentes como os SISOS que me foram passados hereditariamente. Sim, eu tive que retirá-los, pois os filhosdumaputa ao invés de nascerem RETOS, acharam engraçado nascer de lado, forçando-me a extrai-los e sentir dor, consequentemente gerando mau humor. Fim.